8 de setembro de 2014

3x1: Documentários

Não que eu seja a maior fã do gênero, mas vez ou outra a gente esbarra em uns bem legais, né não? Aqui os últimos três que me chamaram a atenção:

  

Mr. Angel (dir. Dan Hunt, 2013): bom, antes de tudo preciso dizer que uma das coisas mais legais que a faculdade me trouxe foi o contato com o mundo lgbt e a teoria queer em uma das disciplinas que cursei. E, foi assim, conhecendo um pouco mais desse universo que eu tomei conhecimento do ator pornô e ativista trans Buck Angel. Nesse documentário nós acompanhamos um pouco da vida dele, desde a sua relação com a carreira, como foi sua mudança de sexo, suas relações familiares e até com seu próprio corpo. Adorei conhecer um pouco mais sobre ele.
  • Ponto positivo extra: não há como não se questionar e se sentir inspirada(o) pela forma como Buck lida com seu próprio corpo e sexualidade. Achei marcante em uma parte do documentário em que aparece uma entrevista dele para Tyra Banks (que, por sinal, esbanjou estupidez hahaha) em que Buck afirma "Eu amo minha vagina!" e, diante do olhar surpreso de Tyra, pergunta "Você não ama a sua?" e então a apresentadora, mulher-cis, responde que não.

Pageant (dir. Ron Davis e Stewart Halpern, 2008): eu tenho que fazer uma confissão: concursos de beleza são meu guilt pleasure, pois, ao mesmo tempo que os acho terríveis, os adoro. E eu não tinha a menor noção (apesar que, agora pensando, era algo óbvio) existia um concurso entre as drags queens nos EUA. Pois é meu povo, existe e é o Miss Gay America Contest o qual acompanhamos nesse documentário os bastidores de sua 34ª edição. E deixa eu contar: eu adorei! E não fui só eu, tá? Antes mesmo de estreiar no Sundance Festival de 2010, Pageant já havia ganho dez prêmios.
  • Ponto positivo extra: querendo ou não, ao assistir o documentário aprendemos um pouco mais sobre esse universo das drag queens. Achei muito legal porque de certa forma não é algo sobre o qual costumamos pensar ou pesquisar muito sobre e acabamos assumindo uma série de pressupostos errados (ao não ser que você assiste o reality show do RuPaul, haha).


Som e fúria (Sound and fury - dir. Josh Aronson, 2000): se você tivesse um filho(a) surdo e pudesse torná-lo ouvinte, você faria isso? Parece uma pergunta besta, mas após ver esse documentário você pensará duas vezes sobre o assunto. Em Som e fúria somos apresentados a diferentes situações - pais surdos com filhos surdos, pais ouvintes com filhos surdos, pais surdos com filhos ouvintes... - e percebemos que a resposta a primeira pergunta não é óbvia. Apesar de todas as dificuldades - que acompanham toda e qualquer minoria -, nesse documentário descobrimos (ao menos eu descobri, hehe) que ser surdo é muito mais do que uma condição física, mas é também pertencer a uma cultura, fazer parte de um grupo e tomar uma posição política quando chega-se o momento de decidir-se por manter-se ou não dessa forma.
  • Ponto extra positivo: a personagem principal, a Heather, é extremamente fofa e cativante. Assim que conseguir assistirei a continuação desse documentário - pois é, existe o Som e fúria 2 contando o que aconteceu seis anos depois do primeiro.

Vocês conhecem algum desses documentários? Tem outros para indicar? Me contem nos comentários!

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